Bactéria
A estirpe super-resistente (H041) foi detetada pela primeira vez em 2009 no Japão. Desde aí já foram identificados casos no Havai, Califórnia, Noruega e, agora, na Austrália, segundo o Guardian. Mas a OMS refere que “mais de um milhão de pessoas estão infetadas com gonorreia em todo o mundo e falência de tratamento de último recurso com [antibiótico] cefalosporinas de terceira geração foi confirmada na Áustria, Austrália, Canadá, França, Japão, Noruega, Eslovénia, África do Sul, Suécia e Reino Unido.”
Os sintomas desta doença, que afeta os órgãos genitais, podem passar por ardor ao urinar ou corrimento, mas uma infeção não tratada pode causar doença gonocócica disseminada – uma infeção generaliza da bactéria pelo organismo (septicemia). “Esta é uma das bactérias que tem mais facilidade em se tornar resistente aos antibióticos”, diz ao Observador Filomena Pereira, médica microbiologista da Unidade de Clínica das Doenças Tropicais do Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Por este motivo, o tratamento usado para combater a doença mudou. “A recomendação é que se usem dois antibióticos em simultâneo.” A médica recomenda que todas as pessoas que tiveram um comportamento de risco façam rastreio à doença.
Problema de saúde pública
“Muitas das infeções não apresentam sintomas”, refere a médica. Uma pessoa infetada, que desconheça que tem a doença e não use preservativo, pode facilmente passar a doença a outras pessoas, tornando-se um problema de saúde pública. As mulheres que sofram ou tenham sofrido da doença têm maior probabilidade de se tornarem estéreis – quanto mais cedo ocorrer a infeção ou