Golpe Militar
João Goulart, ou Jango, como era conhecido, fora eleito vice-presidente pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), nas mesmas eleições em que Jânio Quadros fora eleito presidente pela UDN (União Democrática Nacional). Quando este renúncia ao cargo, devido a uma crise que grassava nas instituições políticas brasileiras, Jango encontrava-se numa visita diplomática à China. A ascensão ao poder veio radicalizar as posições partidárias, acabando as ações de João Goulart por serem interpretadas como uma viragem à esquerda da política brasileira. A 13 de março de 1964, o governo organizou um comício, no Rio de Janeiro, de apoio às reformas de base propostas por João Goulart. Três dias depois, as forças conservadoras promoveram, em São Paulo, uma marcha de protesto. O receio de que o país caísse nas mãos dos comunistas, levou a que no dia 31 de março, tropas saídas dos quartéis de Minas Gerais e de São Paulo se dirigissem para o Rio de Janeiro, onde se esperava encontrar resistência por parte dos partidários do presidente, inclusive das Forças Armadas. João Goulart receando uma guerra civil deixa o país e exila-se no Uruguai.
A tomada do poder por parte dos militares dá início à governação de cinco presidentes, todos eles pertencentes às chefias militares. Este período da história do Brasil ficou conhecido pela abolição dos direitos constitucionais, anulados a 9 de abril, pela instituição da censura e pela perseguição política, que levaram à prisão os opositores do governo.