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CONSELHO NACIONAL DO BRASIL
UMA LEITURA POPULAR SOBRE MUDANÇAS DE ESTRUTURAS
PADRE ALEX SANDRO REIS, C.M.
EM TORNO DA FONTE
De uns tempos para cá, felizmente, ao se falar sobre Família Vicentina, percebe-se o número crescente de vozes que vão tomando consciência do seu papel, enquanto ramos unidos, na sociedade. Tanto para a Família Vicentina como para cada ramo em particular é necessário, para que se cumpra a sua missão junto aos Pobres, estarem em constante renovação para responderem à dinamicidade da história. Para isso vários elementos devem ser constantemente trabalhados, dentre eles, destaco dois:
A – A Seiva Vicente de Paulo – A existência de cada ramos adquire robustez à medida que percorre dois movimentos:
1. Movimento interno – Como os troncos são alimentados pela seiva que vem da raiz, assim é cada ramo que se deve alimentar do carisma e espiritualidade de Vicente de Paulo.
Quanto mais se faz uma caminhada regressiva às origens do Fundador, mais lhe é dada a água viva. Não tem como o ramo e cada um em particular serem frutos férteis se não conhecerem a fundo a vida, a mística e ação do Fundador.
Muitos se tornam ou querem se tornar grandes expoentes vicentinos. Até aí, não haveria problema algum, conquanto se ligasse esse ideal ao ideal evangélico do servo fiel e prudente (Mt
24,45), ao Fundador e à Caridade. Porém, não é surpresa que muitos erram em levar avante esse projeto sem levarem em conta o gosto pelo Fundador. Isso cairia em um academismo, e, pior ainda, em uma teorização vazia.
Outros realçam, de modo equivocado, a vocação missionária de Vicente, esvaziando ou até mesmo anulando a vida de oração do Santo, caindo em um ativismo desenfreado, que conduz à vaidade, tendo a presunção de serem os donos da caridade, onde o sucesso, fruto das ações bem realizadas, seria creditado a si próprio.
Tanto o academismo como o ativismo são joio no meio do trigo (Mt 13,25) vicentino. Tanto um