Gnosia
A utilização de plantas medicinais é uma prática generalizada na medicina popular. É o resultado do acúmulo secular de conhecimentos empíricos sobre a ação dos vegetais por diversos grupos étnicos (Simões et al., 1998).
Atualmente o Brasil é um dos países com maior diversidade genética vegetal, contando com mais de 55.000 espécies catalogadas, sendo assim a maior cobertura vegetal em todo o globo (Corrêa, 2002).
No Brasil, a utilização de plantas medicinais teve origem na cultura dos diversos grupos indígenas, como por exemplo, o jaborandi (Pilocarpus spp) e o guaraná (Paullinia cupana). Muitas outras plantas foram trazidas pelos europeus, como a camomila (Matricaria chamomila) a malva (Malva sylvestris) e a melissa (Melissa officinalis); ou ainda aproveitadas de culturas de outros países sul-americanos, como o boldo (Peumus boldus) (Simões et al., 1998).
As plantas medicinais e suas formas derivadas (extratos, xaropes, etc.) constituíram durante séculos a base da medicina terapêutica. O emprego correto de plantas para estes fins pela população em geral, requer o uso de plantas medicinais selecionadas por sua eficácia e segurança terapêutica, baseadas na tradição popular ou cientificamente validadas como medicinais (Lorenzi e Matos, 2002).
A Organização Mundial da Saúde, desde 1977, tem encorajado o estudo de plantas tradicionais com esperança de obter os benefícios que isso poderia possivelmente fornecer, como evitar o uso irracional ou prejudicial destas plantas. E esta havendo um grande interesse científico pelo desenvolvimento da pesquisa de plantas utilizadas na medicina popular (Simões et al., 1998).
Recentemente interesses em compostos terapêuticos planta-específicos têm sido reforçados devido aos conhecimentos de que químicos como proteases e antioxidantes podem prevenir ou reduzir o desenvolvimento de câncer por bloquearem o dano genético (Berhow et al., 2000; Hernández-Cereuelos et al.,