Gnoseologia
A palavra é formada a partir do grego gnosis (conhecimento) e logos (doutrina, teoria), significa a doutrina que se debruça sobre o conhecimento, a teoria do conhecimento. Este estudo abarca vários domínios ou perspetivas pelas quais se pode abordar o conhecimento: a lógica, a estética, a ética, a psicologia, a metafísica. Esta palavra é normalmente usada, em filosofia, a propósito do problema da natureza e da possibilidade do conhecimento e, neste sentido, identifica-se com o criticismo (não confundir com a doutrina de Kant, a que também se chama criticismo) ou, o que é o mesmo, a crítica. A filosofia, através da gnosiologia, procura responder a problemas como o de saber se é possível ao homem, dotado com os seus órgãos de conhecimento, conhecer o mundo tal como ele é ou se, pelo contrário, distorce a realidade.
A gnosiologia estuda, portanto, o sujeito e o objeto implicados no ato do conhecimento humano, debruçando-se essencialmente sobre o primeiro e sobre a relação que se estabelece entre os dois; tenta definir o tipo de relação e o modo como o conhecimento se processa no interior do sujeito. O problema estudado pela gnosiologia é de tal modo importante que pode ser entendido como um pressuposto sempre presente e o qual é imperioso estudar antes de qualquer outra ciência, visto que da resposta que aí for obtida vai depender a atitude a ter em qualquer outro domínio da atividade humana.
Embora esta palavra não apareça ainda na filosofia antiga, a temática de que ela trata está já aí presente: nos pré-socráticos, nomeadamente entre os atomistas com o seu relativismo gnosiológico, em Sócrates e Platão e a sua teoria do conhecimento que se dividia em dois mundos (o conhecimento sensível e o inteligível, falso o primeiro e verdadeiro o segundo) ou ainda em Aristóteles, por exemplo no estudo que dedica às categorias (os modos possíveis de se predicar algo sobre um sujeito).Em geral, cada corrente filosófica propõe uma teoria do conhecimento que