Globalização
Para Bauman, o espaço que antes era um obstáculo agora só existe para ser anulado. As pessoas estão sempre em movimento, mesmo quando não se movem fisicamente, pela internet, por exemplo, onde é possível percorrer a rede de computadores mundial e trocar mensagens com pessoas do mundo todo. Ainda de acordo com o autor, somos viajantes, nós nos tornamos nômades que estão sempre em contato. O turista e o vagabundo, os dois são consumistas, e suas relações com o mundo são puramente estética. um turista. De ter a liberdade de estar onde desejar e de comprar o que quiser.
Para os habitantes do primeiro mundo viajar é algo sedutor, "são adulados e seduzidos a viajar" como diz o autor. Já para os integrantes do segundo mundo, existem os muros da imigração, as leis de residência e a política das "ruas limpas". Muitas vezes são obrigados a viajarem sem autorização e ao chegarem ao local desejado são forçados a retornarem.
O sociólogo acredita que só há razão para ficar imóvel quando o mundo também está parado, o que não acontece em tempos pós-modernos, onde os pontos de referências estão sobre rodas e quando chega-se perto de entender algo, eles já sumiram de vista. “Não se pode ficar parado em ‘areia movediça’” (BAUMAN, p. 86, 1999).
Outra consequência da globalização bastante notada é a do consumo e competitividade. “Para abrir caminho na mata densa, escura, espalhada e ‘desregulamentada’ da competitividade global e chegar à ribalta da atenção pública, os bens, serviços e sinais devem despertar desejo e, para isso, devem seduzir os possíveis consumidores e afastar seus competidores” (BAUMAN, p. 86, 1999). Esse processo de “tentação” e “atração” acontece para manter os possíveis consumidores interessados, mas para a indústria não parar, assim que o consumidor é fisgado, abre-se para outros objetos de desejo, de forma que haja crescimento econômico. Um exemplo dessa necessidade de consumo fica evidente na produção e