Globalização
Zygmunt Bauman é professor emérito da Universidade de Leeds e Varsóvia. Seus trabalhos estão entre os mais importantes da sociologia moderna, tendo como um dos seus temas principais a globalização e suas conseqüências, tanto no que tange suas transformações, assim como as mudanças trazidas par a vida das pessoas nela inserida.
Neste livro, globalização: as conseqüências humanas, o autor trabalha os mais diferentes enfoques dados a este tema. Para alguns, a globalização é o objetivo a ser almejado e desejado, já para uma outra tendência, ela é responsável por todos os males da sociedade. Mas, independente da posição, todos vislumbram a globalização como uma processo irremediável e irreversível.
O objetivo desta discussão é oferecer luzes sobre os fenômenos da globalização que não estão sendo visualizados, como, por exemplo, o espaço e tempo, a noção de local e global. Bauman procura entender as tensões existentes em um contexto pós-moderno e a partir dele, sugere alternativas para se rever as concepções do mundo contemporâneo.
No primeiro capitulo, somos chamados a refletir sobre a construção das grandes corporações e sua localização no tempo e no espaço e o conflito gerado pela falta da presença física dos investidores “A companhia pertence às pessoas que nela investem - não aos seus empregados ou à localidade em que se situa” Bauman (1999, p. 13 apud DUNLAP 1996).
O fato apresentado é que a comunidade e os empregados das empresas não têm por nenhum momento voz ativa na tomada de decisão. As deliberações são tomadas por investidores não locais, tornando-os incessíveis as necessidades locais. Para estes investidores, o que está em jogo é o maior acúmulo de capital, ou seja, a busca incessante pelo lucro, sendo a exploração da mão de obra um determinante do seu objetivo.
Os acionistas não estão presos ao local, portanto seu capital não depende da localização, ao contrário dos funcionários, que tem seus vínculos familiares e suas obrigações. Desta