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No entanto, o filme tem a energia do romântico-trágico porque mostra um drama humano digno de nota para revolver os sentimentos mais profundos acerca dos vínculos afetivos, sem esquecer de romantizar uma eventual presentificação de um amor redentor – quem sabe aquele que possa redimir a todos de uma morte anunciada, ceifadora de sonhos e alegrias.
Ninguém fica confortável em ver a impotência diante da morte, e quando há uma melhora ou cura, geralmente é tida como “milagrosa”.
Tem filmes que capitalizam, no sentido de estampar dramaticamente, as tragédias anunciadas da vida.
É o caso desse “The Cure” (A Cura). O filme mostra a amizade de dois meninos, Erich (Brad Renfro) e Dexter (Joseph Mazzello), este último com AIDS adquirida de uma transfusão de sangue.
Parece fatalidade, mas, se for, porque pode acontecer a qualquer um como quase tudo na vida, torna doloroso o dramalhão, já que é fato não haver como não se identificar com a iminente tragédia.
Isso porque a escolha no filme foi àquela que até um tempo atrás era irreversível: a Aids leva a óbito seja lá quem for e que idade tiver. No entanto, o filme é de 1995 e nos dias de hoje já é sabido que há pessoas com o vírus da AIDS que sobrevivem ou conseguem conviver com o vírus.
Os dramas baseados em problemas fatais, que anunciam a morte iminente, são excelentes para nos chacoalhar com a questão existencial: “Tá vendo! Poderia ser com você!”.
Imaginar tal coisa dá um nó na barriga, porque ninguém quer morrer quando gosta da vida. Ainda mais um menino de 11 anos, como é o caso de Dexter no filme.
A história tem lá a sua graça apesar do tema, porque, à semelhança do que foi feito em “A Vida é Bela”, de Roberto Benini, que lá