braque
Seu avô e seu pai eram donos de uma firma especializada na decoração de paredes. Em 1890, a família muda-se para o Havre, onde Georges freqüenta o liceu, pratica esportes – remo e ciclismo – e segue cursos noturnos de belas-artes. Aos dezessete anos, deixa os estudos regulares e passa a trabalhar na empresa familiar, entrando em contato com a técnica da pintura sobre paredes. Ao mesmo tempo, interessado em outras formas de expressão artística, toma aulas de flauta com o irmão de Raoul Dufy, o pintor que mais tarde seria um de seus bons amigos.
Na virada do século, Braque toma a decisão de dedicar-se integralmente à pintura. O que significa deixar a província e ir a Paris. No mesmo ano de 1900, está na capital, pronto a trabalhar em arte. Mas é o serviço militar que primeiro usufrui da sua disposição. Só dois anos mais tarde é que Braque começará mesmo a concretizar seus planos, quando -desengajado – se inscreverá na Academia Humbert.
Por essa época, faz seus primeiros amigos no mundo da pintura: Marie Laurencin e Francis Picabia, Othon Friesz e Raoul Dufy. E descobre os mestres mais admirados: Corot, Monet, Van Gogh, Seurat e – principalmente – Cézanne. Como era costume então, pinta ao ar livre e de tempos em tempos sai de Paris, trocando a metrópole pela paisagem das cidadezinhas balneárias. Em 1904, por exemplo, passa o verão em Honfleur, fazendo esboços e conversando sobre pintura com Dufy.
O ano seguinte é de grande importância para os rumos de sua arte. Abre-se o Salão de Outono e nele expõe um grupo de jovens pintores rebeldes – os fauvistas: além de Dufy e Friez, Puvis, Rouault, Marquet, Van Dongen, Vlaminck, Matisse e Derain. Especialmente os dois últimos causam forte impressão em Braque. Não por coincidência, são os que defendem uma pintura de emoções comedidas, controladas, enquanto um Vlaminck dizia querer queimar