Georges Braque
Georges Braque
Georges Braque se encontra na vanguarda do movimento de arte revolucionária do cubismo, movimento que fundou as bases da arte moderna ao representar a natureza por formas geométricas, sem se importar com a aparência real dos objetos, (a confusão é justificada). Seu trabalho ao longo de sua vida foca em naturezas-mortas e meios de visualização de objetos a partir de várias perspectivas através da cor, linha e textura. Embora menos popular que o rival e amigo Picasso, (cujas obras cubistas são mais conhecidas) o pintor francês faz jus a sua importância como pai do cubismo e um dos fundadores da arte moderna. Braque teve uma carreira longa de pintor que continuou além cubismo, embora tivesse uma carreira inicial como um membro dos fauvistas. Durante cinco anos, entre 1909 e 1914, os dois desenvolveram uma parceria intelectual, técnica, conceitual tão visceral que se recusavam a assinar os quadros. Ignoravam onde começava e terminava a participação de um e de outro. “Estamos amarrados como montanhistas”, disse Braque. “Durante esses anos, nos dissemos coisas que ninguém se dirá mais, coisas que ninguém saberia mais dizer-se, que ninguém poderia compreender (...), que nos deram tantas alegrias, e isso terminará conosco.” Embora a obra considerada fundadora do cubismo seja As senhoritas de Avignon, de Picasso, o verdadeiro pai do movimento é Braque. Foi contemplando seus quadros no Salão de Outono de 1908 que Henri Matisse, membro do júri, se disse chocado com as paisagens compostas de “pequenos cubos”. O diálogo artístico entre Braque e Picasso, um dos mais profícuos da história da arte, só foi interrompido quando Picasso levou o amigo à estação de trem para servir na Primeira Guerra Mundial. A partir dali, eles se tornaram rivais quanto à paternidade do cubismo. Filho e neto de pintores de parede, em 1912 Braque revolucionou a pintura ao dar um passo além no