Globalização
A resposta da antropologia é simples. Essas são sociedades onde há hierarquia e divisão de tarefas, mas onde não há desigualdade social. Vamos explicar melhor isso? As tribos são socialmente organizadas, e possuem figuras sociais como “pajé”, “cacique” ou “guerreiro”. Até aqui nenhuma novidade, não é?
Entretanto, apesar dessa organização, não existe diferença econômica entre seus membros, eles formam o que denominamos de “sociedade planificada”, onde todos estão em um mesmo plano de recursos econômicos. Portanto, não existem classes sociais. O cacique ocupa o mesmo tipo de moradia e dispõe da mesma quantidade de alimentos que qualquer indivíduo de seu grupo, portanto, o fato de ocupar uma função de influência e importância não lhe dá prerrogativas de maior conforto material, a não ser em ocasiões rituais.
Quando alguém exerce poder, não está, necessariamente, criando uma superioridade de condição em relação aos dominados?
Pois bem, no caso das tribos, esse tipo de poder inexiste. As figuras de grande importância social, e que influenciam as tomadas de decisão do grupo, não são pessoas que desfrutam de privilégios materiais.
Assim, o reconhecimento social da autoridade está baseado em coisas como a tradição, as habilidades pessoais demonstradas pelo indivíduo, a linhagem de seus ancestrais, ou, ainda, eventos místicos. As tribos não são sociedades perfeitas, mas o fato de se organizarem sem criar grandes diferenciações sociais gera um grupo no qual existe a total ausência de fenômenos como: criminalidade, prostituição, trabalho infantil, violência urbana; e onde são desnecessárias instituições como: asilos, abrigos de menores e moradores de rua, manicômios, prisões etc.
O que temos a aprender com os índios? Eles conseguiram produzir uma sociedade em que existe respeito, autoridade, liderança e organização, sem haver discriminação, autoritarismo, imposição e exclusão. O que se