globalização

A verdadeira globalização
Milton Almeida dos Santos – nascido no ano de 1926 e falecido em 2001 aos 75 anos – graduou-se em direito, porém produziu uma obra numerosa e complexa sobre a Geografia, em especial nos estudos de urbanização do Terceiro Mundo. Sua formação agrega 40 livros e 300 artigos científicos. Foi o único estudioso a receber o mais alto prêmio internacional em geografia, o Prêmio Vautrin Lud (1994).
Um de seus assuntos: o Mundo Global Visto do Lado de Cá, tratado em um documentário, explica a visão de Milton Santos de forma simples para que todos aqueles que querem ter um pouco mais de conhecimento entendam que o que muitas pessoas conhece como globalização é o que desde 1962 Marshall MCLuhan dizia, que a era eletrônica estava transformando a humanidade em uma “aldeia global”. A televisão e a internet aceleram a integração da cultura. Indivíduos de todo o mundo assistem os mesmos filmes, ouvem as mesmas músicas e vestem as mesmas roupas. Acompanham os mesmos grandes eventos, ouvem as mesmas previsões financeiras e veem os mesmos flashes de desastres ecológicos. À medida que a globalização avança, os interesses econômicos das pessoas sofrem os impactos das forças do mercado mundial. São criados estilos de vida, tendências, status sociais. O ser humano vive em uma contínua alienação e a realidade da globalização situa-se além da capacidade popular de compreender suas implicações além da possibilidade dos governos de lidar com suas consequências. A entrega do poder de decisão a agentes governamentais gera cobrança, culpa e ameaça à sociedade sobre o futuro de cada um. Milton Santos fala sobre um globalitarismo, essa é a forma de globalização perversa, o mundo como é. È sobre uma nova forma de totalitarismo, onde as regras impostas e por entrar em um estado de alienação faz com que a sociedade siga o senso comum. Como em um sistema político autoritário quem não segue tais normas, é tachado, perseguido, excluído. Porém a partir de 1999 que