Globalização - Milton Santos
Veio com o intuito de encurtar as distâncias, surgiu para atender o capitalismo e os países subdesenvolvidos, estreitou as relações comerciais entre os países e as empresas. Ela é considerada responsável pela intensificação da exclusão social e de provocar crises econômicas sucessivas, arruinando milhares de poupadores e de pequenos empreendimentos.
Na globalização são exibidos infinitos acontecimentos do mundo todo que focam a atenção nas causas que esta sociedade capitalista centraliza, a fim de ganhar benefícios próprios em cima da desordem do território, da apropriação de bens comuns e do uso privado de riquezas mundiais por parte de uma minoria. Apropriações indevidas que geraram tensões por tentar deter grandes bens nas mãos de pequenos grupos, enquanto se alastra o estado de miséria e a sociedade crônica para todo o resto.
No documentário do Milton Santos, ele fala que a sociedade se divide em dois grandes grupos; “o grupo dos que não comem e o grupo dos que não dormem com receio do grupo dos que não comem.” (José de Castro). E Milton Santos ainda afirma que “produzimos mais comida do que consumimos”. E esta sociedade subdividida permanece criando barreiras de separação, sejam estas barreiras físicas – Muralha da China e Muro de Berlim – ou barreiras simbólicas – que é a que a Europa mantém contra os estrangeiros e clandestinos, a fronteira entre o México e o EUA, onde a migração não é desejada.
A mídia nessa história é conhecida como a fábula da globalização, que adota o papel de intermediação diante desta, pois controla o entendimento do que acontece no mundo, em que não há produção excessiva de notícias, e sim de ruídos.