Glicosídeos cardioativos - aula prática
O uso terapêutico dos glicosídeos cardioativos deve-se à sua capacidade de aumentar a força da contração sistólica (ação inotrópica positiva); aumento da contratilidade do coração provoca o esvaziamento mais completo do ventrículo e encurtamento do período de sístole.1
Efeitos:
• Aumento da força de contração miocárdica (efeito inotrópico + );
• Aumento do débito cardíaco (esvaziamento completo do coração);
• Diminuição do tamanho do coração;
• Diminuição da pressão venosa;
• Diminuição da frequência cardíaca;
• Aumento da diurese (efeito indireto - hemodinâmico) alívio do edema.1
Os efeitos adversos dos digitálicos são decorrentes do seu baixo índice terapêutico, pois a concentração capaz de causar efeitos tóxicos é apenas duas vezes maior que a concentração terapêutica (faixa terapêutica estreita).1
Intoxicação por digitálicos são:
• Ritmo cardíaco anormal que produz tontura, palpitação, falta de ar, sudorese ou síncope;
• Alucinações, confusão e alterações mentais;
• Cansaço e fadiga;
• Visão borrada, dupla, percepção de auréolas amarelas, verdes ou brancas;
• Perda de apetite, náuseas e vômito.1
Cerca de 20% dos pacientes desenvolvem sinais ou sintomas de intoxicação por glicosídeos cardioativos.1
Muitos glicosídeos são importantes na terapêutica e estão presentes em plantas medicinais, tais como os cardiotônicos, destacando-se a digitoxina isolada de espécies do gênero Digitalis, no caso a D. purpurea, conhecida como dedaleira, e a digoxina, isolada de D. lanata.2
No experimento em questão foi utilizada a espécie Nerium oleander L., pertencente à família Apocynaceae, apresenta grande importância pela sua utilização generalizada no paisagismo de vários países, tanto em praças públicas, residências, como na arborização urbana. Um arbusto grande ou arvoreta, apresentando 3 a 5m de altura, lactescente, muito ramificado e florífero, de folhas persistentes e coriáceas.3 As flores são brancas, róseas ou vermelhas e