glicolise
METABOLISMO DE
CARBOIDRATOS: GLICÓLISE E
FORMAÇÃO DE A C E T I L - C O A
A glicose é, quantitalivamente, o principal substrato oxidável para a maioria dos organismos. De fato, sua utilização como fonte energética pode ser considerada universal e, dos microrganismos ao homem, quase to das as células são potencialmente capazes de atender suas demandas energéticas apenas a partir deste açúcar.
A glicose é imprescindível para algumas células e tecidos, como hemácias e tecido nervoso, por constituir o único substrato que estes tecidos são capazes de oxidar para obter energia.
Apesar de a dieta humana conter pouca glicose livre, proporções consideráveis deste açúcar são ingeridas sob a forma de amido, sacarose e lactose. Na dieta americana, por exemplo, 55% dos carboidratos aparecem como amido, 35% como sacarose, 5% como lactose e 5% como glicose e outros monossacarídios. 0 amido é digerido no trato digesti vo até glicose, o açúcar que será afinal distribufdo para os tecidos. A digestâo de sacarose e lactose origina, além de glicose, frutose e galactose. O metabolismo da glicose será descrito a seguir; o metabolismo de frutose e galactose será analisado posteriormente (p. 169).
Todas as células oxidam glicose a piruvato para obter ATP; o piruvato pode ser oxldado a
C0 2 , aumentando muito a produção de ATP
Para obterem ATP a partir de glicose, todas as células lançam mão de sua oxidação parcial a piruvato. Nas células anaeróbias, a degradação pára neste ponto. A conversão de glicose a piruvato permite aproveitar somente uma pequena parcela — menos de 10%—da energia total da glicose,ficandoa maior parte conservada como piru vato.
De fato, a oxidação total da gHcose (produzindo C02) libera uma quantidade de energia equi valente a 2.870 kJmol"', mas a conversão de glicose a piruvato libera aproximadamente apenas 200 kJ-mol'1. Apesar disso, as células anaeróbias podem suprir, com a degradação parcial, toda sua demanda energética. Nas células aeróbias,