Glicemia Med 2015
Introdução
A glicose é o açúcar mais abundante na natureza e o principal açúcar da dieta humana.
Devido à necessidade quase que exclusiva de alguns tecidos pela glicose como combustível energético, torna-se necessária a manutenção da glicemia, que no caso humano, apresenta valores normais de 70 - 100 mg/dl para indivíduos em jejum de 8 a 12h.
Valores de glicemia de 120 a 140mg/dl são observados durante a primeira hora após as refeições no sangue de indivíduos normais (hiperglicemia fisiológica), entretanto, devido a mecanismos de feedback envolvidos no controle da glicemia, ocorre um rápido retorno da concentração de glicose ao normal, algo em torno de 2 a 3 horas após a ingestão de carboidratos.
Manter a glicemia dentro dos valores normais é garantir um suprimento de glicose para os tecidos que, de forma geral, apresenta metabolismo energético com maior afinidade para açúcares.
Dentro deste contexto, é importante salientar que alguns tecidos, como o do SNC, apresentam necessidade quase que exclusiva de glicose como combustível energético.
A incapacidade de manter a glicemia dentro dos valores normais constitui uma situação patológica que afeta um número considerável de pessoas. A queda abrupta da glicemia
(hipoglicemia) pode levar a um quadro clínico grave com tremores, sudorese, cefaléia, taquicardia, convulsões e coma.
Por outro lado, também é importante que a glicemia não sofra elevação demasiada, por três motivos: a) glicose exerce elevado grau de pressão osmótica no líquido extracelular e, se a concentação de glicose atingir níveis excessivos, essa concentração elevada podera ocasionar consideravel desidratação celular; b) níveis de glicose excessivamente elevados resultam em perda de glicose na urina; c) por fim, essa perda provoca diurese osmótica pelos rins, podendo causar depleção dos liquidos e eletrólitos corporais.
Figura 1. A glicemia de pessoas normais sofre alterações em decorrência do momento fisiológico.
Estão representadas as
principais