Glicemia de jejum
A glicemia diminui ex vivo com o tempo, numa taxa média de 5 a 7% por hora em razão da glicólise. Além da concentração inicial da glicose, essa taxa de consumo depende da temperatura e do número de leucócito, entre outros fatores. Para reduzir a glicólise, o sangue deve ser coletado em um tubo contendo oxalato de potássio e fluoreto de sódio, sendo que o oxalato atua como anticoagulante, e o fluoreto como inibidor de enzimas que promovem a metabolização da glicose. Alternativamente, a dosagem podem ser realizada no soro, desde que a centrifugação do sangue e a separação das células ocorram em um prazo inferior a 1 hora após a coleta. Nessas condições, a glicemia é estável por 8 horas a 25°C e por 72 horas a 4°C. Essa dosagem pode também ser realizada em sangue capilar, em geral, obtido por punção da polpa digital. O intervalo de referencia para glicemia de jejum em adultos é de 70 a 99 mg/dl. A elevação da concentração da glicemia de jejum é altamente sugestiva de diabetes mellitus, sendo que pelo o resultado acima de 125 mg/dl em pelo menos duas ocasiões, caso o individuo não apresente sintomas clínicos, é considerado de valor de diagnóstico. Concentrações entre 100 e 125 mg/dl, consideradas como glicemia de jejum inapropriadas, classificam o individuo com pré- diabéticos
GLICEMIA PÓS-PRANDIAL
Considera-se diagnóstico para diabetes mellitus uma glicemia superior a 200 mg/dl, 2 ou mais horas após uma refeição mista, em pelo menos duas ocasiões. Níveis abaixo de 140 mg/dl praticamente excluem esse diagnostico de diabetes devido à variabilidade da refeição a ser oferecida, mas essa dosagem é muito realizada no seguimento de pacientes em controle de diabetes já diagnosticado.
TESTE DE TOLERÂNCIA ORAL A GLICOSE
O teste de sobrecarga oral à glicose, também conhecido como curva glicêmica e pela sigla GTT, do inglês glucose tolerance test, consiste na administração de 75 g de glicose em solução aquosa a 25% por via oral e coleta de