Gestão Social

O artigo do Prof. Fernando Tenório “Gestão social: uma perspectiva conceitual” começa enfocando o tema gestão social nas relações do Estado ( esfera pública), como nas Empresas (esfera privada), e de pôr em prática políticas públicas englobando ambas. Ele apresenta gestão social a partir de experiências teóricas e práticas desenvolvidas no âmbito do Programa de Estudos em Gestão Social (PEGS), linha de pesquisa implementada na EBAP/ FGV. O autor toma como premissa que o estudo deve partir da ótica da sociedade e da ótica do trabalho, quem deve ser o protagonista no processo dessas relações: a cidadania. Portanto, o cidadão é o sujeito privilegiado de vocalização daquilo que interessa à sociedade nas demandas ao Estado e daquilo que interessa ao trabalhador na interação com a empresa. Isto é, a cidadania é vista não apenas como a base da soberania de um Estado-nação, mas também como expressão do pleno exercício de direitos exigíveis em benefício da pessoa e da coletividade. Baseando-se suas ideias no referencial conceitual da perspectiva teórico-crítica da escola de Frankfurt, que surge na Alemanha nos anos 30, que discutiu a racionalidade instrumental como razão inibidora da emancipação do homem e nas ideias de Jürgen Habermas, pensador contemporâneo próximo ao legado filosófico da teoria crítica, que procura, por meio de seu conceito de racionalidade comunicativa, estabelecer elementos conceituais democratizadores das relações sociais na sociedade contemporânea.
O Prof. Tenório apresenta conceitos de gestão estratégica (é um tipo de ação social utilitarista, fundada no cálculo de meios e fins e implementada através da interação de duas ou mais pessoas, na qual uma delas tem autoridade formal sobre a outra), gestão sócia (um tipo de ação gerencial mais participativo, dialógico, no qual o processo é exercido por meio de diferentes sujeitos sociais) e cidadania deliberativa-que se divide em cidadania liberal e cidadania republicana, esta a política não se