gestão pública
Desde a Grécia antiga existiam preocupações e estudos sobre o Estado e os governos, e suas relações entre si e com o povo, como questões “políticas”, “formas de governo”, “quem governa e como governa”.
Platão distinguia os homens pelo estado da alma, onde os filósofos eram a razão e considerados os mais aptos a governar a polis, o guerreiros eram a paixão e os trabalhadores, o apetite. Ele também distinguia as “formas boas” – a Monarquia e a Aristocracia – das “formas más” de governo – a Democracia, a Oligarquia e a Tirania.
Aristóteles distingue os homens pelo aspecto econômico e material, os que possuem e os que não possuem bens. Para ele existem grupos, classes sociais que geram uma tensão devido ao conflito de interesses, que só pode ser evitada pela mediação da pólis o Estado da Polítia. Ele distingue a partir da intenção dos governantes em defender o interesse próprio ou o bem comum, as “constituições ou governos retos”, que seguem o interesse comum, o reino, a aristocracia e a polítia, e as “constituições ou governos desviados”, que perseguem o interesse próprio, a tirania, a oligarquia e a democracia.
Nicolau Maquiavel considerava o saber um instrumento de controle da natureza, como poder, separando a ação política da ação religiosa. Após o exílio, visou desvendar uma “ética política”, independente da vida privada e da religião, em que a ação política e o ator político fossem julgados pelos resultados, e não pelos meios empregados. Ao invés de estudar “o político” no campo institucional, analisava “a política”, referente ao espaço de ação. Ele passa a distinguir o Estado e a Sociedade, onde o primeiro tem como ator politico o príncipe, o qual exerce sua coerção e procura consenso, gera e desenvolve o poder política, são criadas as leis que regulam a ordem “social”, e o segundo é entendido como “privado”, onde o povo desenvolve as atividades econômicas, gera a propriedade privada,