Gestão Pública em Saúde
A globalização gerou resultados diretos e indiretos na força de trabalho em saúde de muitos países, tornando a gestão de recursos humanos (RH) um desafio mundial na contemporaneidade. Muitos desses resultados são reflexos do enxugamento do Estado e conseqüente corte em programas sociais e de saúde, entre eles citam-se: diminuição ou manutenção do contingente de trabalhadores em contexto de ampliação de demandas; degradação das qualidades de trabalho e precarização do mercado; redefinição do papel do Estado, atuando mais como regulador; e aumento da participação do setor privado na oferta de serviços. Deste modo, a força de trabalho é considerada nos dias atuais um componente essencial na gestão em saúde, exigindo transformações no processo de desenvolvimento de RH. Tais mudanças compreendem a modernização de sua abordagem e a superação dos padrões tradicionais da administração, posicionamento proativo de gestores e administradores, e comprometimento dos profissionais e diferentes setores em todas as fases de implementação das políticas de saúde.1
A característica dos serviços na atenção básica implica na divisão de trabalho a partir de duas perspectivas: a primeira, de natureza horizontal, determinada pela própria complicação dos serviços oferecidos (unidades produtoras); e outra, vertical, indispensável para á subdivisão das unidades produtoras, exigindo deste modo, um pressuposto operacional, a cooperação entre aqueles que efetuam o trabalho e o conhecimento técnico para a resolubilidade das ações e a garantia da integralidade do acolhimento .2
No Brasil, apesar de expressivos progressos desde a efetivação do Sistema Único de Saúde (SUS) na década de 1980, ainda prosseguem problemas em sua solidificação em termos de eqüidade de acesso, qualidade de ações e serviços, uso adequado de recursos e sustentabilidade. Considera-se que a melhoria do modelo de atenção solicita