Erisipela
Erisipela é uma infecção estreptocócica aguda da pele, envolvendo a derme e o subcutâneo e, às vezes, as mucosas adjacentes. Predomina no primeiro ano de vida e depois dos 30 anos, localizando-se frequentemente na face e membros inferiores. A lesão é elevada, eritematosa e apresenta bordas bem demarcadas. O mecanismo de transmissão da erisipela não é conhecido, mas a bactéria parece originar-se nas vias áreas superiores do próprio paciente. Nos indivíduos idosos, a erisipela pode ser acompanhada de bacteremia.
SINONÍMIA: mal-do-monte, esipra.
ETIOLOGIA: os estreptococos são os beta-hemolíticos do grupo A. Muito raramente, quadros clínicos semelhantes podem ser produzidos por StaphyIococus aureus.
Streptococos pyogenes – cocos em forma de cadeia, colorado gram-positivo, normalmente estes organismos preferem ambientes oxigenados, porem se desenvolvem em meio anaeróbio.
Patogenicidade – as infecções mais frequentes causadas pelo Streptococos pyogenes localizam-se na faringe e laringe, e na pele. Dissemina-se a partir destes focos primários, particularmente das faringoamigdalites, a bactéria pode determinar bacteremia e infectar diferentes órgãos e tecidos dos organismo.
Fator de virulência – Além de fimbrias, que possibilita a fixação da bactéria à mucosa faringoamigdalina, e da toxina eritrogênica, responsável pelo eritema da escarlatina, o Streptococos pyogenes possui estruturas e elabora produtos que participam, em maior ou menor grau, de sua patogenicidade:
Cápsula – formada por ácido hialurônico, que pode ser idêntica ao tecido conjuntivo, não é imunogênico. Cápsula confere resistência à fagocitose.
Proteína M – importante fator de virulência, devido a sua capacidade de interferir com a fagocitose, amostras de Streptococos pyogenes, desprovida de proteína M, são prontamente fagocitadas e destruídas por leucócitos humanos, ao contrário de amostras ricas dessa proteína são resistentes, tornando-se sensíveis, em presença de anticorpos