Gestão internacional de pessoas
Autoria: Ademar Orsi, André Luiz Fischer
RESUMO
O Brasil tem experimentado uma explosão da quantidade de empresas brasileiras que se internacionalizaram. Em consequência, tem sido crescente o interesse empresarial e acadêmico pelo estudo desse fenômeno. Expostas à concorrência externa intensa com a abertura da economia e a criação do Mercosul, as empresas brasileiras começam a se movimentar mais efetivamente no sentido da internacionalização na década de 1990, culminando, na década seguinte, com uma explosão de iniciativas dessas empresas em busca de novos mercados. Nasce com essa nova realidade, a necessidade de constituir quadros de gestores e especialistas para implantar e gerenciar o empreendimento. É fundamental, portanto, que essas empresas estabeleçam um novo modelo de gestão de pessoas que seja abrangente a esses novos desafios organizacionais. O interesse da pesquisa está no processo que essas empresas empreenderam ou vêm empreendendo, para atingir estágios de satisfação com as políticas de recompensas tanto da empresa como de seus empregados. Conhecer os caminhos percorridos pelas empresas que já consolidaram sua inserção internacional, com seus acertos e erros, significa a possibilidade de pavimentar um terreno para facilitar a adoção de políticas mais adequadas às contingências dos novos empreendimentos. A pesquisa acadêmica no Brasil vem dando ampla atenção para aspectos como a inserção cultural e a adaptação do expatriado, no entanto, as questões relativas às recompensas, ao contrário, não tem sido sequer tangenciadas. Na revisão da literatura realizada para o embasamento deste estudo não foram encontrados trabalhos realizados sobre esse assunto no Brasil. Essa carência, aliada à atuação profissional do pesquisador na área de remuneração, foi o que motivou a realização deste estudo. Foi adotado o método de estudo de casos múltiplos, com a