Gestão Integrada de Sistemas Certificáveis – algumas considerações
1. Introdução No atual cenário de competitividade, não basta mais que as empresas se preocuparem apenas com aspectos da qualidade de seus produtos e serviços. É cada vez maior a pressão por um relacionamento positivo com o meio ambiente bem como com os funcionários da empresa. Neste sentido, aos sistemas de gestão da qualidade estão sendo agregado um número cada vez maior de aspectos relativos à gestão ambiental e de recursos humanos. O número de empresas que padronizam seus sistemas de gestão com as normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001 é crescente (ZENG; TAM; LE, 2010). A implantação e certificação dos sistemas gestão da qualidade (ISO 9001), meio ambiente (ISO 14001) e saúde e segurança do trabalho (OHSAS 18001) é uma importante atividade de muitas organizações e já é uma prática em todo o mundo (ASIF et al., 2009; NAKASHIMA; NOSE; KURIYAMA, 2006; ROCHA; SEARCY; KARAPETROVIC, 2007). No entanto, a obtenção das certificações ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001 requer que todos os procedimentos de trabalho sejam rastreáveis e auditáveis. Para atender aos requisitos de cada sistema de gestão são exigidos uma grande quantidade de documentação, procedimentos escritos, verificação, controle de formulários e outros documentos. Lidar com dois ou mais sistemas de gestão cerificáveis é um desafio, segundo Zeng, Tam e Le (2010), pois não é fácil assegurar que todos os sistemas utilizados estejam alinhados com as estratégias da organização. Os sistemas de gestão integrada são opções para as empresas reunirem todos os seus objetivos em um único sistema de gestão. A unificação dos diversos sistemas de gerenciamento é uma forma de facilitar a operação e reduzir os custos de gestão. Alguns autores (KARAPETROVIC 2003; ZUTSHI; SOHAL, 2005; ASIF et al., 2010) citam três razões para integrar os sistemas de gestão em um único sistema: 1) assegurar que os diferentes processos de gestão não puxem os