Gestão Estratégica de Recursos Humanos Sobre o filme Amor Sem Escalas
No entanto, os tempos mudaram, uma série de direitos foi imputada ao trabalhador e as organizações também resolveram agir diferente. Mas, o que mudou ao longo desses anos nas relações entre trabalhador e empregados? Talvez o modo de pensar o operário como um recurso da organização, que precisa ser trabalhado, desenvolvido, estimulado e retido é que tenha se desenvolvido.
Nessa perspectiva surgiu uma série de teorias relacionadas ao estudo da qualidade de vida no trabalho e suas implicações sobre os trabalhadores. Dentre estas, a teoria de Lippitt (1978) foi uma das que tratou do assunto do ponto de vista das necessidades humanas, ressaltando a oportunidade de o indivíduo satisfazer a grande variedade de necessidades pessoais, como fator essencial para o desenvolvimento da sua função na empresa, para a produção do trabalho e da estrutura organizacional.
Todavia, essa tese da satisfação das necessidades pessoais como forma de estímulo ao desenvolvimento do trabalho conflita com a própria estrutura de mercado, que exige dos trabalhadores um leque de atributos que os tornem cada vez mais competitivos para o mercado de trabalho e que confronta, muitas vezes, com o seu bem estar e qualidade de vida.
Nesse sentido, os novos modelos de organização vêm considerando os trabalhadores tradicionais cada vez mais obsoletos e descartáveis, substituindo-os por aqueles que tenham maior poder de flexibilidade, maior conhecimento das novas tecnologias da informação e comunicação e que estejam mais disponíveis para deslocamentos em necessidade do exercício da função.
Baseado nessa realidade, o filme Amor Sem Escalas vem questionar o