Gestão escolar

1 INTRODUÇÃO

Desde a década de 1980, com a promulgação da Constituição Federal de 1988, as políticas públicas para o setor educacional vêm indicando diretrizes para a gestão da educação. Atualmente, as legislações educacionais, em especial a LDB 9.394/1996, estabelecem que a rede pública de ensino deve adotar a gestão democrática e participativa, visando mudanças significativas na qualidade do ensino. Entretanto, tal normatização ainda não é uma realidade em todas as escolas públicas brasileiras, fato este observado no Município de Porto Seguro/BA. Questiona-se, então, qual a influência da formação do gestor para o desempenho de sua função em prol de uma gestão democrática e participativa para a construção de uma escola melhor? Para o gestor tornar-se um educador comprometido com a formação do educando, se faz necessária uma mudança de postura quanto às situações que lhe obrigam a ser um repassador de ordens burocráticas, visando apenas o lado administrativo da organização, em detrimento do lado pedagógico. O papel do mesmo, neste contexto, inicia-se em aprender e a incentivar a comunidade escolar para que os problemas da instituição sejam tratados pelo ponto de vista do que é realmente importante para os sujeitos envolvidos no processo educativo. Se a gestão da escola não for eficiente, compromete a qualidade do ensino e também o trabalho dos professores, e assim, consequentemente, afeta a aprendizagem dos alunos. Por sua vez, se os alunos não tiverem uma educação interdisciplinar e de qualidade, voltada para o contexto social e os problemas encontrados fora da escola, não terão competência para resolver as questões do cotidiano. Tal competência é adquirida através de um processo de ensino e aprendizagem reflexivo e pautado num modelo de gestão capaz de envolver os sujeitos, levando-os à participação ativa. Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo evidenciar a relação entre o perfil dos gestores e o desempenho dos