Gestão escolar
1. INTRODUÇÃO
O conceito de administração escolar por muito tempo esteve restringido apenas para preservação do patrimônio escolar, resolução das questões burocráticas e supervisão da atuação dos profissionais da instituição, basicamente na observância das falhas e ausências. Com o passar dos anos a administração escolar vem passando por mudanças em relação à sua abrangência e conceito, ao menos de forma teórica. Mudanças um tanto lentas, como a maioria das novidades que envolvem as questões educacionais.
Os anos 80 têm como marca neste aspecto a gestão democrática da escola, sendo discutida principalmente, na esfera pública. Porém os problemas não cessam e o sucesso escolar demoram a surgir, e quando surgem são minimizados por problemas de relevância maior.
A escola, sendo uma instituição de administração tradicionalmente hierárquica, dificilmente compartilha sua gestão com sua equipe de trabalho. As ações são muito mais burocráticas que humanizadas, embora tenha como foco principal a formação do ser humano – crianças, adolescentes, jovens e adultos.
Neste contexto, a valorização do ser humano não é foco principal, nem mesmo secundário, embora sejam constantes os conflitos entre a equipe escolar. São as resistências do corpo docente às inovações, principalmente, pedagógicas; não comprometimento por parte dos profissionais – destacando-se os de apoio – com as ações promovidas pela gestão, principalmente de cunho extracurricular; idéia de não pertencimento à equipe escolar, devido a diversos fatores, entre eles a desmotivação e a constante rotatividade de uma unidade para outra destes mesmos profissionais, e a dificuldade de envolver a família no cotidiano escolar, dentre outros problemas de relações intra e inter pessoal que fazem com que a gestão não consiga viabilizar soluções plausíveis, visto que estas relações são imprescindíveis ao ser humano