Gestão escolar : desafios e possibilidades
A Gestão Democrática nas Escolas Públicas do DF, conhecida há alguns anos como Gestão Compartilhada, agora garantida pela Lei 4.751 de
07 de fevereiro de 2012, tem um longo percurso a trilhar para fazer valer suas propostas, visto que um dos fatores dificultadores da democratização das relações no interior da escola, perpassa pela falta de autonomia da figura do gestor escolar nas esferas pedagógica, administrativa e financeira da escola. Espaço ainda ocupado e utilizado pelos escalões superiores, os detentores do poder, que representam o Estado: gestão central e intermediária da SEDF.
Em minha opinião, o gestor escolar, fica entre a necessidade da autonomia para mediar as situações no cotidiano escolar e a situação de dependência e controle, no que se refere as decisões que ainda chegam nas escolas através de circulares, memorandos e etc. Assim, o primeiro enfrentamento do diretor de escola é a própria demanda burocrática da SEDF. Para que a comunidade escolar participe ativamente do processo educativo, é necessária a presença de todos os segmentos nas reuniões que acontecem no interior da escola, nos eventos culturais, nas culminâncias de projetos e principalmente na garantia dos recursos financeiros para que o gestor possa operacionalizar o projeto político pedagógico da escola, de forma que todos professores e alunos obtenham sucesso no processo ensino-aprendizagem. As escolas sequer têm autonomia para flexibilizar o calendário escolar contando com sábados letivos para motivar a participação efetiva de todos os segmentos para deliberar sobre questões relevantes para enriquecer o processo educativo e garantir uma educação de qualidade para todos.
Nesse cenário, outros fatores dificultadores vem á tona, como por exemplo: ausência dos pais, mães ou responsáveis nas reuniões, enfraquecimento dos conselhos escolares, professores insatisfeitos com o sistema e paralisam