Gestão da segurança e saúde na trabalho
As boas práticas de gestão da segurança e saúde do trabalho (SST) são bem disseminadas e conhecidas entre as empresas líderes na área. As estratégias tradicionais de gestão da SST analisam as pessoas, a tecnologia e o contexto de trabalho em separado, por meio de enfoques sociológicos, tecnológicos ou organizacionais. De acordo com a engenharia de resiliência (ER), são necessários esforços multidisciplinares para integrar atividades de gestão da SST aparentemente desconexas, trazendo à tona aspectos como os seguintes: o comprometimento da alta direção com a segurança e saúde, a aproximação entre o trabalho real e o trabalho prescrito, o monitoramento proativo, o gerenciamento do trade-off entre produção e segurança, a visibilidade dos limites do trabalho seguro e a capacidade de adaptação à variabilidade do ambiente (WREATHALL, 2006).
O desafio para a gestão da SST no contexto da ER é desenvolver estratégias de prevenção adequadas a sistemas complexos, dinâmicos e instáveis. Em particular, são necessárias estratégias adequadas a variações do sistema que não podem ser totalmente antecipadas no momento do seu projeto, uma vez que, na prática, se assume como impossível considerar todas as variabilidades que podem acontecer.
Uma vez que todos os sistemas de controle tendem a se deteriorar com o tempo ou se tornar obsoletos em conseqüência das mudanças, a contínua medição de desempenho é essencial para a gestão da SST, seja ou não sob o paradigma da ER. Tal medição pode ocorrer em diversos níveis, tais como postos de trabalho individuais, processos gerenciais individuais ou no nível do sistema de gestão de SST (SGSST) como um todo.
Existe ainda a abordagem de auditoria por desempenho, baseada na análise dos resultados de indicadores, normalmente reativos (CAMBON et al., 2006).
Já outros modelos de auditoria, tais como o Sistema DuPont de Gestão de Segurança de Processo (DUPONT, 2006), têm enfoque na segurança baseada no comportamento, o qual tem