Gestão ambiental
Um lixão irregular está sendo formado no Bairro Cidade do Sol, na Zona Norte, onde materiais de todos os tipos vêm sendo depositados em uma área onde houve a formação de um “lago”. Além do incômodo para a vizinhança, o lixo está sendo despejado próximo a um córrego, o que pode trazer riscos ambientais. A partir de denúncias da comunidade, a reportagem esteve no local e flagrou a situação, considerada alarmante por especialistas. Não haveria problema em utilizar terra e resíduos da construção civil para aterrar a área, já que ela está autorizada pelo Poder Público. No entanto, todo tipo de lixo tem sido descartado no local. Entre os resíduos que estão sendo levados para a área estão plásticos, papéis, madeira e até eletrônicos.
Para o professor do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFJF Fabiano Leal, que visitou o local a convite da Tribuna, a gravidade está na falta de controle do espaço e na possibilidade de que o lixo seja carreado e atinja o córrego da Facit, que passa ao lado. “Seria preciso ter alguma proteção do manancial, para que o material poluente não chegue ao córrego. Toda movimentação de terra acaba provocando o depósito de sedimentos no fundo do curso d’água, o que diminui as possibilidades de escoamento e aumenta o risco de inundações.” Como o “lago” continua com a água parada, recebendo grande quantidade de produtos impróprios, Leal alerta para mais problemas. “A água parada com matéria orgânica, lixo poluente e materiais em decomposição favorece a proliferação de vetores e aumenta os riscos na área. Por isso, o espaço torna-se um problema ambiental, mas também de saúde pública.”
Movimento intenso
Já na entrada da Rua 1, próxima à antiga Facit, o movimento intenso de caminhões é percebido. Na subida para a área onde o descarte é feito – uma pedreira desativada -, a poeira levantada pelos veículos que passam pela estrada de chão é o primeiro alerta. No terreno íngreme, dezenas de