Gestora
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GÓIAS
Andriely borges frederico fonseca tome flÁvio nunes da silva jorge gustavo gomes oliveira renata de brito
CRISE financeira MUNDIAL 2008/2009
Goiânia, 04/11/2013
introduçãO
A crise econômica internacional manifestou-se inicialmente na esfera financeira. Em 2007, alastrou-se a partir dos EUA, e no final de 2008 seus efeitos tornaram-se mais contundentes e recessivos. O ano de 2009 começou com a previsão de redução do comércio mundial, a primeira desde 1982, e de queda no produto dos países com renda per capita mais elevada. Esta, com certeza, é a crise mais profunda desde a Grande Depressão.
As análises feitas até o momento deixam poucas dúvidas sobre a natureza estrutural desta crise. Na década de 1970, após a ruptura das regras financeiras, monetárias e cambiais estabelecidas em Bretton Woods,4 o sistema capitalista reorganizou as relações econômicas internacionais em direção a uma crescente abertura e liberalização dos fluxos de mercadorias e capitais. Essa configuração modificou o processo de crescimento econômico, tornando-o atraente e adequado à gestão especulativa do capital líquido disponível. A produção de bens e serviços foi subordinada à lógica de expansão dos excedentes e da riqueza por meio de ações, muitas vezes meramente especulativas, e títulos amplamente negociados no mercado financeiro. [Eichengreen (2002); Stiglitz (2002)]
Considerado o modus operandi dos mercados, vários elementos podem explicar a expansão da crise a partir dos Estados Unidos. Tal como apresentado pelo IPEA (2009-a), entre os fatores macroeconômicos, merece destaque o período prolongado de baixas taxas de juros, que permitiu a expansão do crédito e impulsionou a demanda interna, além de favorecer um ciclo de alta nos preços dos imóveis. Quanto aos elementos microeconômicos, a ausência de regulamentação dos mercados financeiros, aliada à farta