A partir de determinados momentos de sua história, a universidade pública brasileira foi capaz de incorporar a pesquisa e a extensão, que não constavam de sua missão clássica. Na segunda metade do século XX, passou-se a notar que o conhecimento por ela gerado tinha um valor de troca significativo e que seus quadros docente e discente constituíam expressivo potencial empreendedor em segmentos de alta tecnologia. (FUJINO, 1999). Neste contexto, surgem oportunidades inéditas para atuação das universidades. A interação universidade-empresa é um exemplo de como as universidades estão transformando conhecimento em inovação produtiva. Tal possibilidade é representada pelo modelo da Hélice Tríplice, onde a idéia subjacente reside na ação empreendedora da universidade, no exercício de sua nova missão em prol do desenvolvimento, sua assim chamada “terceira missão”, em adição às missões de ensino e pesquisa.” A inovação não é assunto apenas de governo e empresas, envolvendo também as universidades. A transferência de tecnologia é a máquina da inovação, ou seja, a máquina das sociedades em transformação e tem as universidades e centros de pesquisa como as principais bases do conhecimento científico e tecnológico existentes no país. Entretanto, entre a sala de aula e o processo de transferência de tecnologia existe uma lacuna, justamente devido aos interesses e prioridades do ambiente acadêmico e do empresarial serem ainda distintos. Por meio de disciplinas e programas de empreendedorismo a UFMG procura despertar na comunidade acadêmica um olhar para além da cerca da universidade, estimulando a interação com o mercado. O mundo precisa de empreendedores, principalmente em países em desenvolvimento. Uma avaliação internacional mostrou a importância de se promover em âmbito acadêmico eventos e cursos orientados para a inovação que contemplem alunos no início de sua vida acadêmica, de modo a complementar a sua formação. Novas exigências de qualificação foram sendo