Gestao
Pablo Uchoa - BBC - 06/04/2012
Como fazer
Sinal dos avanços e desafios do Brasil, a presidente Dilma Rousseff desembarcará nos Estados Unidos, na próxima semana, buscando "não dinheiro, e sim know-how e inovação", nas palavras do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges Lemos.
Em um seminário na capital americana, Washington, Borges Lemos transmitiu a mensagem de que o Brasil tem recursos para investir no seu próprio desenvolvimento - mas precisa de parceiros internacionais, como os EUA, para fazer maior progresso nas áreas de educação, pesquisa e desenvolvimento, cruciais para o crescimento sustentável.
"Nosso problema não é de financiamento e sim de tecnologia", disse o executivo, apontando que o país pode contar com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da agência Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para impulsionar projetos industriais.
De uma nação endividada que era há apenas algumas décadas, o Brasil conquistou o sexto lugar entre as maiores economias do mundo.
Entretanto, o país investe apenas cerca de 1% do seu PIB em pesquisa e desenvolvimento, segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). É cerca da metade do que investem os países desenvolvidos.
Empresas de classe mundial
Segundo Borges Lemos, o Brasil hoje tem cerca de 1,5 mil empresas "de classe mundial", que podem ser um canal importante de aporte de know-how. Mas só a qualificação da mão-de-obra nacional permitirá um aumento da produtividade de forma sustentada. Ênfase no conhecimento
Por isso, a questão dos intercâmbios - de pessoas e de ideias - será central na visita que a presidente Dilma Rousseff fará aos EUA nos próximos dias 9 e 10 de abril.
Mesmo com um calendário apertado, a presidente fez questão de manter sua visita à cidade de Boston, sede do MIT