Gestao escolar
Numa visão sectorial, segundo uma perspectiva linear e, de certo modo radical, podemos dizer que uma escola que sobrevalorize a área administrativo-financeira nunca beneficiara de uma autêntica e rica acção pedagógica. A rapidez administrativa e financeira é incompatível com o dinamismo e a criatividade que se pretendem no acto educativo. Tal situação é contrária ao princípio da predominância da acção pedagógica sobre o acto administrativo.
Por outro lado, a preocupação exagerada na manutenção de espaços escolares bonitos, agradáveis e funcionais, de nada valera se menosprezar a vertente pedagógica-didactico e a vertente administrativo-financeira. Os espaços degradar-se-ão porque não foram tomadas as medidas pedagógicas preventivas adequadas e a manutenção dos espaços não terá a resposta certa da área administrativa e financeira. Com o efeito, e não obstante os problemas indicados na área de gestão de espaços, não é por acaso que as escolas manifestam um exagerado grau de degradação, mesmo em edifícios recentemente construídos.
Do mesmo modo, não será possível manter, por muito tempo, uma acção pedagógica saudável e sólida quando, ao nível da gestão dos espaços, não houver um mínimo de preocupação na manutenção da salas e pátios limpos, bonitos, funcionais, não conflituosos e, se, nela área administrativo-financeira, não se der cobertura aos projectos pedagógicos da escola por excepcionais que eles pareçam. Pelo que, podemos concluir que o desenvolvimento equilibrado das três vertentes fundamentais da «organização escolar», será o melhor (mas não o mais fácil) percurso a trilhar, considerados os inúmeros problemas a resolver e a dificuldade de envolvimento de todos os intervenientes na grande tarefa de gestão