gestao comercial
“Minha vida é um livro aberto? É não. A vida é uma charada. É uma adivinhação”.
[Seu Manoel]
“Não poder resolver uma adivinha é morrer; apresentar uma adivinha que ninguém resolve é viver”.
[André Jolies]
1. O ENIGMA E O MITO (ANTIGUIDADE CLÁSSICA)
Entre os povos antigos, caldeus, gregos, egípcios, o costume de propor enigmas tinha grande aceitação e mostrava a força tanto daquele que conseguia decifrá-los como dos que usavam da inteligência e criatividade para compô-los. A situação mais conhecida desse embate, através de enigmas, é aquele que envolveu Édipo e a Esfinge de Tebas. Relato registrado em peça teatral que confronta o ser humano com a divindade. Segundo Pierre Brunel (1988, p. 1085), o mito de Édipo é confundido com uma obra, Édipo Rei, de Sófocles, encenada por volta do ano 430 a.C. e Édipo em Colona, de 406 a.C.. Antes de Sófocles não há registro de versões completas dessa história. Édipo encarnou a figura de um rei vencedor, sábio decifrador de enigmas e, por isso, digno de todas as honrarias.
Édipo, herói tebano da raça de Cadmus, filho de Laio, rei de Tebas e Jocasta. Pai de Etéocle, Polynice, Antígona e de Ismênia. Laio, advertido pelo oráculo de que seria morto por todo filho que pudesse ter, mandou expor o recém-nascido (Édipo) assim que veio ao mundo, sobre o monte Citeron para que morresse. Os pastores o recolheram. Como ele apresentava os pés inchados, pois estava atado pelos tornozelos, suspenso a uma árvore, deram-lhe o nome de Édipo (em grego, pés inchados). Os pastores o deram a Polybe, rei de Corinto, e este cuidou do menino como se fosse seu filho.
Quando Édipo cresceu, estava exposto ao sarcasmo de não saber quem eram seus pais. Ele consultou o oráculo em Delfos para que o Deus revelasse sua paternidade. Ele recebeu como resposta que não deveria voltar ao seu país para que não matasse seu pai e nem desposasse sua mãe. Édipo não sabia qual era sua pátria, pois nunca