Germinal

GERMINAL

Germinal, um filme sobre a vida dos mineiros no norte da França no século 19.

Com mineiros de rostos sujos de carvão e grevistas de peito aberto desafiando soldados armados, o filme conta a estória de uma fracassada rebelião contra desumanas condições de trabalho.

As deficitárias minas de carvão hoje estão fechadas. Elas deram lugar à energia nuclear e à energia gerada por derivados de petróleo, lançando o norte da França num ciclo de depressão, desemprego e decadência.

Comentaristas compararam as privações dos trabalhadores do século 19 com as das vítimas da atual crise econômica francesa. Apesar do alto padrão de vida e dos benefícios sociais no País, uma pesquisa realizada pela estação de televisão TF1 mostrou que a maioria dos franceses acredita que os pobres de hoje não estão radicalmente melhores do que os do tempo de Zola.

"Zola dramatizou a luta de classes de seu tempo. Ela ainda existe", disse o ex líder sindical comunista Henri Krasucki. O colunista Georges Suffert escreveu no diário conservador Le Figaro que a publicidade envolvendo Germinal era politicamente motivada, para mostrar que os trabalhadores modernos não estavam melhores do que seus ancestrais e que o desempregado, o mendigo e o imigrante de hoje eram sucessores dos mineiros de ontem.

Mas outros acreditam que Germinal mostra uma greve derrotada e implica que a resistência dos trabalhadores está fadada ao fracasso.

Sinopse

Um dos grandes romances do século XIX, expressão máxima do naturalismo literário, Germinal baseia-se em acontecimentos verídicos. Para escrevê-lo, Émile Zola trabalhou como mineiro numa mina de carvão, onde ocorreu uma greve sangrenta que durou dois meses. Atuando como repórter, adotando uma linguagem rápida e crua, Zola pintou a vida política e social da época. Mostrou, como jamais havia sido feito, que o ambiente social exerce efeitos diretos sobre os laços de família, sobre os vínculos de amizade, sobre as relações entre os apaixonados.