Germinal
Vilipendiado, roubado, esgotado, trabalhando em condições totalmente impróprias, inseguro, sujeito a acidentes que podem ceifar-lhe a vida ou decepar-lhe um braço ou uma perna, assim nos é mostrado o proletariado francês nas telas. Inserido na escuridão das minas de carvão, sujo, cumprindo jornadas de 14, 15 ou 16 horas, recebendo salários baixíssimos e tendo que ver sua família toda se encaminhar para o mesmo tipo de trabalho e péssimas condições, pouco resta aos trabalhadores senão a luta contra aqueles que os oprimem.
A obra literária é do período que marca o surgimento da Internacional Comunista, por isso há menções a Marx e Engels e também ao anarquismo (um dos personagens centrais da trama assume o discurso dos pensadores que propuseram o anarquismo até as últimas conseqüências, mesmo tendo em vista as desgraças que isso poderia causar naquele contexto específico).
A história do filme gira em torno de uma família, que se encontra nas mencionadas condições de miséria e penúria listadas nos parágrafos anteriores, o chefe dessa família, vivido pelo grandalhão Gerárd Depárdieu (considerado um dos melhores atores franceses de todos os tempos, que também trabalhou em outros importantes filmes com temática histórica como "Danton - o processo da revolução" e "1492 - A Conquista do Paraíso") se vê então obrigado a tomar providências e para isso é estimulado pela chegada de um novo operário, que já possui vivência em termos de criação e fomentação de movimentos reivindicatórios. O primeiro passo dessa dupla passa a ser, então, criar condições de sobrevivência para os trabalhadores tendo-se em vista que uma greve