Gerenciamento de risco
1. Introdução
O estudo de risco ambiental apareceu como disciplina formal nos Estados Unidos de 1940 a
1950, paralelamente ao lançamento da indústria nuclear e também para a segurança de instalações (“safety hazard analyses”) de refinação de petróleo, indústria química e aeroespacial. No Brasil, especificamente em Cubatão com o Plano de Controle da Poluição de Cubatão em 1983 desencadeou-se uma série de exigências para garantir a boa operação e manutenção de processos e tubulações e terminais de petróleo e de produtos químicos das
111 unidades industriais locais, dando-se início ao uso institucional desse tipo de estudo de risco. No caso de risco sobre a saúde, por outro lado, é mais recente a sua aplicação e somente foi acelerada com a publicação do EPA “Carcinogenic Risk Assessment Guidelines” (1976) e dos trabalhos de remediação do solo na década de 80. No Brasil, em São Paulo, a Agência
Estadual do Meio Ambiente (CETESB) realizou de forma esparsa estudos de relação causaefeito (tóxico-epidemiológico) para algumas empresas com grandes impactos sobre a saúde da população vizinha, como no caso do chumbo, mas sem um aplicação como plano, programas e projetos como, por exemplo, no caso americano para os 189 poluentes perigosos do ar (“Hazardous Air Pollutants List/US EPA-The Clean Air Act Amendments of 1990, title III,
Section 112 (b)”).
Para o risco ecológico podemos afirmar que o mesmo encontra-se na sua infância ao nível internacional e praticamente inexistente aqui no Brasil. Entretanto, o significativo aumento do seu interesse ao nível de toda a população do planeta, face os riscos eminentes que estão sendo mostrados, faz com que possamos tomar mais atenção e assumirmos mais comprometimentos em função das valiosas reservas de recursos naturais ainda aqui existentes. Face a extensão dos assuntos nas três áreas de interesse do risco ambiental: segurança, saúde humana e ecológico. Vamos neste