Gerenciamento de Resíduos Químicos
Na década de 1980, movimentos ambientalistas chamaram a atenção da sociedade em geral para o enfoque na proteção à natureza e na degradação do meio ambiente, e, assim, as instituições de pesquisa começaram a despertar para esse contexto, dando início a novas diretrizes na pesquisa, considerando o que vinham praticando até o momento. Atualmente essas instituições vêm trabalhando para reverter essa situação, estando o tema “Preservação Ambiental” cada vez mais presente em eventos e publicações científicas (COUTO et al; 2010).
Durante muito tempo, o descarte de resíduos químicos foi realizado sem nenhum pré-tratamento ou qualquer atitude que diminuísse seu impacto no meio ambiente, sendo muitas vezes realizado nas redes de esgoto, causando uma contaminação de elementos químicos extremamente tóxicos e nocivos não somente ao meio ambiente, mas também a saúde da população.
Antigamente, o descarte inadequado de sobras de análises e de produtos químicos advindos de projetos de pesquisa e análises de rotina, nas empresas e instituições de ensino e pesquisa no país, não levava em consideração os danos que tais produtos poderiam causar ao meio ambiente. Muitos resíduos que poderiam ser reaproveitados eram, ou ainda são despejados nos sistemas de esgoto, sem passar por nenhum tipo de avaliação ou pré-tratamento (COUTO et al; 2010).
Nas universidades, não raros são os casos de alunos que se utilizam da química, em suas práticas laboratoriais, sem os devidos esclarecimentos a respeito da geração de resíduos e do tratamento que se deve dar a estes, antes do descarte. Os resíduos provenientes de sínteses químicas e testes analíticos são, muitas vezes, descartados diretamente no sistema de esgoto sanitário, resultando em contaminação ambiental (SOUSA et al; 2003).