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557 palavras 3 páginas
António Nobre nasceu no Porto em 1867. Após uma passagem pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, entre 1888 e 1890, seguiu para Paris, onde concluiu os estudos de Ciências Políticas em 1895. Aí escreveu a maior parte dos poemas que viriam a constituir o Só. Publicado em Paris, em 1892, num período em que o simbolismo era a corrente dominante, o Só pouco tem a ver com esta corrente, o que poderá explicar as críticas geralmente negativas com que a obra foi recebida em Portugal. António Nobre colaborou em revistas como A Mocidade de Hoje (1883) e Boémia Nova (1889). Marcantes na sua obra são o seu pessimismo e a obsessão da morte (como em Balada do Caixão) o fatalismo com a sua predestinação para a infelicidade e o apreço pela paisagem e pelos tipos pitorescos portugueses. O seu único livro publicado em vida, Só (1892) foi um dos grandes marcos da poesia do século XIX. Na reedição de 1898, Nobre dividiu o livro em secções, construindo o percurso de vida de uma personagem. Faleceu, vítima de tuberculose, no ano de 1900.

Poética

De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.
Vinicius de Moraes

SE EU MORRESSE AMANHÃ

Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!

Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que amanhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!

Que sol! que céu azul! que doce n'alva
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!

Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o doloroso afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!
Álvares de Azevedo

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,

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