Ocupação Urbana da Área Metropolitana de Brasília Versus Mobilidade Urbana Sustentável Taís Furtado Pontes Resumo Este artigo tem como objetivo analisar a Área Metropolitana de Brasília quanto ao exercício da mobilidade urbana. Identificando deficiências e oportunidades que devem ser consideradas na elaboração de políticas públicas visando a melhoria nos padrões de mobilidade urbana em favor de cidades sustentáveis. Para tal foi utilizado o Índice de Mobilidade Urbana Sustentável - IMUS (COSTA, 2009), desenvolvido a partir de dados coletados em 11 capitais brasileiras. O IMUS é composto de 87 Indicadores agrupados em 37 Temas, esses por sua vez, são agrupados em 9 Domínios. A avaliação de cada um dos indicadores permitiu analisar as deficiências e oportunidades rumo à melhoria das condições de mobilidade urbana para a Área Metropolitana de Brasília. Introdução A partir do século XX a cidade, enquanto suporte territorial de deslocamentos diários, passa a se subordinar aos modos de transporte motorizados, os quais possibilitaram e ainda impulsionam o avanço da mancha urbana sobre a zona rural. Tal expansão acontece sobre o solo rural e a cidade perde gradativamente áreas verdes e a vitalidade de espaços públicos (ruas, praças). Atividades de produção e consumo condicionam o exercício da mobilidade urbana diária de milhões de pessoas e grande parcela desse contingente tem suas possibilidades de deslocamento condicionadas ao sistema de transporte coletivo, aspectos físicos da cidade, renda e distribuição das atividades no espaço. As cidades, em especial as áreas metropolitanas, são palco de sobreposições de condomínios, loteamentos, setores, polos comerciais e eixos de transporte que juntos conformam um tecido urbano congestionado, poluído e ineficiente do ponto de vista econômico. No Brasil em especial, as metrópoles têm enfrentado sérios desafios com relação à mobilidade urbana, uma vez que a gestão do problema passa a extrapolar os limites físicos da cidade