Geografia
A política de meio ambiente passou a ser discutida no atual contexto econômico, no momento em que se vivencia a crescente necessidade da promoção de um desenvolvimento sustentável considerando as implicações econômicas e sociais de viabilizá-lo.
Este paper analisa a relação entre a gestão ambiental e a política industrial, buscando evidências em torno da hipótese de que o meio ambiente não é uma restrição ou um problema ao desenvolvimento, mas, que a preservação ambiental planejada e ajustada à realidade econômica e social, é uma solução e uma fonte de desenvolvimento. Para tanto, busca-se delinear quais instrumentos poderiam se adequar ao planejamento governamental e que, em conjunto com outras iniciativas de sociedade civil e da área empresarial, poderiam reverter tendências ambientais restritivas à melhoria do bem-estar da população brasileira harmonizando-as num contexto de desenvolvimento sustentável.
Para tanto, se utiliza um “mix” de teorias para embasar este trabalho. São elas: a teoria da Economia Ambiental Neoclássica, que segundo Galbraith (1988, p.288) “encara o prejuízo ao ambiente como um defeito do sistema de mercado, assim (...) com a internacionalização das deseconomias externas (...) o defeito do mercado seria eliminado, e o problema estaria assim resolvido”. No que se refere à Economia Industrial, esta é respaldada pelo arcabouço teórico neoclássico que justifica a intervenção do Estado como promotor e/ou regulador de distorções na economia, por exemplo, via política industrial, principalmente no sentido de desenvolver a competitividade sistêmica na economia. E a teoria sobre Desenvolvimento que é apresentada em suas várias concepções ao longo do tempo.
As discussões sobre a inserção ambiental na análise econômica datam do inicio dos anos 70, a partir de encontros como o Clube de Roma, Conferência de Estocolmo - dada a preocupação com o crescimento da poluição nos grandes centros do