Geografia
Natalidade corresponde ao número de nascimentos em um determinado lugar. As taxas de natalidade ao longo das últimas décadas e as atuais vêm sofrendo uma queda. As nações industrializadas que ingressaram no processo da Primeira Revolução Industrial na primeira etapa, já haviam reduzido suas taxas ainda no século XIX e início do XX. A queda da taxa de Natalidade no Brasil.
Se a previsão se confirmar, o Brasil deverá enfrentar problemas como os que já ocorrem em países europeus. O envelhecimento da população exige investimentos em políticas públicas nas áreas de saúde, previdência, acessibilidade, entre outras. A diferença é que, enquanto nos países da Europa esse declínio teve início ainda com o processo de industrialização e ocorreu de forma gradual, durante cerca de cem anos, no Brasil, a diminuição da fecundidade se deu em pouco mais de 40 anos.
As explicações para a redução não são unânimes nem definitivas. Uma série de fatores sociais, culturais, ambientais, biológicos e políticos têm sua parcela de contribuição. Um exemplo é a Previdência. Com a garantia de uma fonte de renda na velhice, as pessoas deixaram de se preocupar em ter vários filhos para garantir o sustento no futuro.
O surgimento da pílula anticoncepcional também teve um papel fundamental na formatação do novo modelo de família. Ela revolucionou o planejamento familiar nos anos 60, fazendo com que as mulheres passassem a ter o controle na decisão de ter filhos.
A taxa de fecundidade – número médio de filhos que uma mulher teria dentro do seu período fértil – das brasileiras caiu entre 2000 e 2010, principalmente nos grupos etários mais jovens, segundo dados do Censo Demográfico de 2010, divulgados nesta quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o levantamento, as mulheres com maior grau de instrução e renda também têm menos filhos.
Segundo o IBGE, a queda da fecundidade ocorreu em todas as faixas etárias.