geografia
Em 1848, o Manifesto Comunista escrito por Marx e Engels anunciava: “um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismo”. Quase 70 anos depois, em novembro de 1917, revolucionários socialistas liderados por Lênin, Trotsky e Stalin tomaram o poder e iniciaram a construção de um Estado baseado nas doutrinas dos czares deram origem, em 1922, à União das Republicas Socialistas Soviéticas.
A Rússia às vésperas da revolução Às vésperas do movimento revolucionário de 1917, o Império Russo apresentava particularidades políticas econômicas e sociais que se tornariam fatores de sua própria destruição. A população, cerca de 160 milhões de pessoas, era constituída por indivíduos de diferentes nacionalidades, forçados a viver junto em um Estado despótico, cujo poder absoluto e arbitrário concentrava-se nas mãos do czar, apoiado pela nobreza proprietária de terras e pela Igreja Ortodoxa Russa. A economia baseava-se na agricultura, e a maior parte das terras pertencia à nobreza e à igreja. Os camponeses eram, portanto, muito explorados, o que levou intelectuais a se deslocarem para o campo e divulgarem entre eles as ideias de Marx e Engels. A industrialização da Rússia teve início na metade do século XIX graças a um grande fluxo de capitais estrangeiros (ingleses, franceses, belgas e alemães) e estatais, investidos principalmente nas grandes cidades da porção ocidental do Império, tais como Moscou e São Petersburgo. A partir daí, surgiram empresas que concentravam um enorme contingente de operários. Os trabalhadores estavam submetidos a condições extremas de exploração: jornada de trabalho entre 12 e 16 horas, baixa salários, falta de segurança e inexistência de um legislação trabalhista, além da proibição de organização dos sindicatos. Tal situação contribuiu para que o operariado se mantivesse em constante confronto com o czarismo e para que o pensamento marxista se difundisse no meio urbano.
A preparação política A