Geografia
Prato cheio
Copa do Mundo alavanca cotas de patrocínio e atrai interesse de empresas na seleção O maior evento do esporte, a Copa do Mundo, no país do povo mais festeiro do planeta, o Brasil, com a seleção mais vitoriosa da história, a brasileira. Essa mistura, segundo grandes empresas que já se mobilizam para o torneio entre seleções de 2014, tem tudo para fazer com que o campeonato reverbere 24 horas por dia durante sua disputa e que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) quebre recordes de patrocínio.
“O Brasil vai ser festa 24 horas por dia, sete dias por semana, nas 12 cidades-sedes”, diz Paulo Leal, vice-presidente de Mídia, Esporte e Entretenimento da Dentsu, agência que comercializa para a Fifa as cotas de patrocínio para o Mundial.
A seleção brasileira arrecadou R$ 214 milhões em patrocínios em 2010, 257% a mais que em 2006, ano da penúltima Copa; o número de empresas que relacionam sua marca à equipe passou de quatro para dez
As projeções otimistas têm ditado as ações de gigantes, como Coca-Cola, Itaú e Sony, que atrelam suas marcas ao evento.
“A Copa de 2014 está cercada de expectativas, afinal ocorrerá no país do futebol. Por isso, até o ano da competição, a Coca-Cola investirá R$ 11 bilhões em toda a sua operação, praticamente o dobro do que foi gasto nos últimos cinco anos [R$ 6 bilhões de 2005 a 2009]”, diz Michel Davidovich, diretor da Coca-Cola Brasil responsável pela equipe da Copa.
Já a Sony, que tem um time trabalhando de olho nas Fan Fests (festas que reúnem multidões para assistir aos jogos da Copa em várias cidades do mundo), assinou contrato de US$ 305 milhões com a Fifa para se tornar parceira até 2014.
Além da maior audiência de um evento esportivo – a Copa é vista por cerca de 6 bilhões de telespectadores em todo o mundo –, as empresas que investem no setor e na seleção admitem ter vantagem gigantesca em relação aos concorrentes, tanto pelas políticas da Fifa de defesa aos patrocinadores