Geografia
Em Geografia, pode-se afirmar que a globalização diz respeito à construção de novos espaços e novas relações sociais desenvolvidas no mundo. Trata-se de uma nova configuração geográfica que se superpõe aos territórios nacionais, por vezes conflituosamente, outras em harmonia. Isso pode significar mudanças importantes nos próprios Estados nacionais com a presença, em seus territórios, de pontos de rede de corporações transnacionais e de redes técnicas, propiciando um aumento extraordinário da circulação de capital, de bens industrializados, de serviços e informações produzidos na escala mundial.
Essa agilidade da circulação se dá porque os espaços globais são suportes ativos dos processos sócioeconômicos que ocorrem na escala mundial. Esses negócios são alimentados pelo que há de mais avançado em tecnologias de produção e de circulação. Assim, esses espaços da globalização se realizam como expressões geográficas da nova ordem mundial. Vamos desvendar a lógica desses espaços que, fundamentalmente, se estruturam em forma de redes; conhecer os ritmos de suas relações, cada vez mais aceleradas e; identificar os principais agentes que os alimentam, como as corporações transnacionais.
Vamos começar com a formação populacional brasileira, mais especificamente, a contribuição dos processos migratórios estrangeiros. Que grupos vieram e para onde foram no território brasileiro? Quando? Qual a distância que esses imigrantes percorreram e as condições em que viajaram? Quanto tempo as viagens duraram? Vamos trabalhar com um caso expressivo, em razão da grande distância geográfica envolvida: a migração japonesa para o Brasil.
O Brasil é o país que tem a maior comunidade japonesa no exterior (exterior porque estão fora do Japão). São 1.500.000 pessoas entre japoneses e seus descendentes. Isso é resultado de uma onda imigratória proporcionada pelo Tratado de Amizade, Comércio e Navegação Brasil-Japão, assinado em