Centrossomas
As torres de controlo das células, a metáfora de Mónica Bettencourt Dias para designar os centrossomas, foram descobertas no século XIX. O centrossoma é uma estrutura com importante função no processo de divisão celular. Com o início da fase de divisão, os centrossomas dirigem-se para pólos opostos da célula, onde vão actuar como as extremidades organizadoras da estrutura que se estende de um pólo ao outro de uma célula em divisão. Na metafase, os centrossomas podem já ser observados em lados opostos da célula e, após concluída a telofase e a citocinese, onde se verifica a formação de duas células independentes, cada uma destas células-filhas apresenta apenas um centrossoma, proveniente da célula-mãe.
Os centrossomas também são cruciais para a forma que a célula irá ter: "É uma estrutura muito importante para formar o esqueleto celular, seja a cauda de um espermatozóide ou a estrutura de qualquer uma das nossas células, que é regulada pelos centrossomas", explica Mónica Bettencourt Dias.
A equipa portuguesa encontrou a resposta para a pergunta: como é que se forma o centrossoma? “Pensava-se que esta estrutura servia de molde para o novo centrossoma. Mas não é assim”, diz Mónica Bettencourt Dias. "Basta ter a 'planta' da torre de controlo. Não é preciso ter um molde." A planta de construção a que a investigadora se refere é uma molécula, a proteína SAK.
As investigadoras observaram que um aumento da SAK levava à formação de inúmeros