Geografia urbana
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA
DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS
GEOGRAFIA URBANA
“O que faz de uma Cidade uma Cidade?”
Definir é uma coisa que nada tem de muito simples, pois exige um razoável, às vezes até mesmo um elevado poder de abstração. A cidade é um objeto muito complexo, e por isso mesmo, muito difícil de definir. Como não estou falando de um determinado tipo de cidade, em um momento histórico particular, é preciso ter em mente aquilo que uma cidade da mais remota antiguidade e cidades contemporâneas como: Cairo, Tóquio e Nova Iorque têm em comum, para encontrar uma definição que dê conta dessa imensa variação de casos concretos.
Para o sociólogo Max weber, em um escrito seminal sobre a natureza das cidades, publicado originalmente em 1921, a cidade é, primordial e essencialmente, um local de mercado. Apesar de nem todo local de mercado ser uma cidade, toda cidade é um local de mercado, onde se dá um intercambio regular de mercadorias.
Christaller deu uma contribuição importante introduzindo o conceito de localidade central toda cidade é do ponto de vista geoeconômico, isto é, das atividades econômicas vistas a partir de uma perspectiva espacial, uma localidade central, de nível maior ou menor de acordo com a sua centralidade – ou seja, de acordo com a quantidade de bens e serviços que ela oferta, e que fazem com que ela atraia compradores apenas das redondezas, de uma região inteira ou, mesmo, de acordo com o nível de sofisticação do bem ou serviço, do país inteiro e até de outros países. Alem das mais cidades são assentamentos humanos extremamente diversificados, no que se refere as atividades econômicas ali desenvolvidas, diferentemente dos assentamentos rurais que são as aldeias e os povoados.
Em contraste, as cidades possuem certa centralidade econômica. Sua área de influência pode, muitas vezes, não ir além dos limites territoriais da unidade político-administrativa local da qual ela é a sede (no