Geografia econômica
O texto “Planejando o subdesenvolvimento e a Pobreza”, é o primeiro capítulo da obra “Economia Espacial: Críticas e Alternativas” do geógrafo Milton Santos, que reúne uma análise direcionada á consideração do espaço como objeto de teorização e planejamento, criticando as teorias dispostas á serviço do capital, que tratam com indolência o modo de viver nos países de Terceiro Mundo. O referido capítulo está disposto em quatro partes, que vão embasar as afirmações do autor acerca do papel do planejamento.
Com o início da intervenção do Estado na Economia, após a crise de 1929, se desencadeou um processo de estímulo ao investimento privado para subsidiar segurança e equilíbrio na manutenção da seguridade física das pessoas e das propriedades. A economia passa então utilizar-se da linguagem científica para convencer ás sociedades ás beneficies do chamado desenvolvimento. Desenvolvimento este que se fundamentaria na produção em grande escala e no consumismo.
Assim, o termo ‘subdesenvolvimento’ passa a integrar o cenário dos países pobres, que tratado com tamanho pragmatismo, mascara a exploração a que estes são submetidos. Subdesenvolvimento este que era justificado por dados estatísticos que comprovavam a desproporção entre países ricos e pobres, denotando assim que os últimos deveriam seguir os mesmos princípios dos primeiros, para atingir ou superar seu status.
A economia põe de lado o espaço social. Decorrente disso, o homem passa a lapidar a natureza a fim de satisfazer suas necessidades de subsistência ou de acumulação de riquezas. Ou seja, o conjunto e a formação de ideias acerca do espaço, variavam de acordo com as necessidades do sistema. Há uma racionalização do planejamento regional deixando de considerar os objetivos e conveniências de cada região, em prol do sistema.
O planejamento estruturado na expansão do capital resulta na urbanização. A aglomeração urbana dispõe mão-de-obra estabelecendo uma