Geografia econômica
Mónica Arroyo
mmarroyo@usp.br
Resumo
Neste artigo realizamos uma análise dos circuitos espaciais de produção industrial vinculados ao mercado externo para discutir como o território paulista continua sendo um centro importante da atividade fabril, com fluxos mercantis expressivos que reforçam o caráter internacional de suas operações. Examinamos a multiplicidade de empresas, ramos e sub-ramos industriais bem como o número e a variedade de fluxos existentes no estado de São Paulo. Desse modo, procuramos entender o novo conteúdo que esse pedaço do território nacional ganha na primeira década do século XXI e as formas em que o processo de diferenciação
Boletim Campineiro de Geografia. v. 2, n. 1, 2012.
espacial se manifesta. ***
PALAVRAS-CHAVE: território, indústria, comércio internacional,
São Paulo.
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Mónica Arroyo
Introdução
Um caminho para entender a dinâmica territorial do estado de São Paulo pode ser realizado com base em uma análise dos circuitos espaciais de produção industrial que nele convergem e se entrecruzam. Consideramos, neste caso, aqueles circuitos vinculados ao mercado externo para discutir como o território paulista continua sendo um centro importante da atividade fabril, com fluxos mercantis expressivos que reforçam o caráter internacional de suas operações. A multiplicidade de empresas, ramos e sub-ramos industriais bem como o número e a variedade de redes e fluxos existentes no Estado precisam ser considerados para entender o novo conteúdo que esse pedaço do território nacional ganha na primeira década do século XXI.
O território brasileiro e os fluxos internacionais de mercadorias
Os fluxos internacionais de mercadorias expressos nas exportações e importações mostram as relações que distintas frações do território nacional têm com o mundo através da atividade mercantil. Por ser esta