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Claro, para que os líderes do Estado mexicano fossem bem sucedidos em passar essa ‘realidade imagética’, teriam como missão mascarar ou maquiar seus erros e a insatisfação dos que sentiam na pele as decisões tomadas por esses altos círculos fechados da sociedade.
É neste contexto que se passa o filme “Cidade do Silêncio”, que é mais específico e retrata o norte do México, fronteira com o Texas, onde há uma cidade chamada Juarez, com cerca de 1,500.000 habitantes[1]. O filme demonstra a violência nessa cidade e o descaso das autoridades locais com a situação. Além dos baixos salários com que as operárias são remuneradas para sustentar suas famílias e tentar fugir da pobreza absoluta, elas enfrentam um regime de semi-escravidão e, voltando do trabalho, ainda precisam tomar cuidado com assassinatos e estupros que acontecem frequentemente na cidade.A cidade de Juarez é a cidade que mais absorve novas indústrias em comparação com qualquer outra cidade norte americana, de acordo com o El Paso Regional Economic Development Corporation[2]. Essa política está de acordo com uma contextualidade mais ampla da América Latina, onde a ganância e a economia capitalista mundial é precedida, de maneira genérica, por processos fortes de ditaduras militares com um retrocesso dos movimentos de esquerda, configurando “lo